quinta-feira, 4 de abril de 2013

Periodos da História


Denomina-se de periodização da História à divisão, para fins didáticos, da História em épocas, períodos ou idades. A necessidade desses "cortes" (ou "recortes") é tão antiga quanto a da escrita da História, cada época ou cultura tendo usado uma diferente metodologia. Embora qualquer articulação no processo histórico seja artificial (e passível de críticas), essa prática torna-se indispensável para que o conhecimento histórico se torne inteligível. Desse modo, pode haver tantas divisões quantos pontos-de-vista - culturais, etnográficos e ideológicos. Não há como definir um padrão único ou consensual.
O método mais antigo de periodização empregado pelo Homem foi o da articulação político-genealógica, observando os limites dos reinados e das dinastias.
Na Grécia AntigaHesíodo, em Os Trabalhos e os Dias, propôs uma articulação por épocas, a as cinco idades (Ouro, Prata, Bronze, Heróis e Ferro).
Posteriormente, Políbio, um dos primeiros historiadores a encarar a História como uma sequência lógica de causas e efeitos, por outras razões, optou por uma teoria de rígida sucessão das instituições políticas.
Cristianismo trouxe uma concepção de devir histórico linear, uniforme, que, estendendo-se da Criação até ao Juízo Final, foi adaptada em uma forma secular pelo moderno pensamento histórico. Cada época passou a ter um caráter único, individual, quer de acordo, por exemplo, com o modelo dos seis dias bíblicos da Criação, quer com o das quatro monarquias universais (o Império Babilônico, o Medo-Persa, Grécia e Roma).
A articulação em - Antiguidade – Idade Média – Idade Moderna – foi enunciada pelo alemão Cristoph Cellarius (1634-1707) que, de início, correspondia à interpretação e valorização pelos Humanistas de uma história cultural européia ocidental.
Ao final do século XIX, quando da afirmação da História enquanto ciência, afirmou-se no mundo ocidental uma divisão baseada em grandes marcos ou eventos, que se denomina de "periodização clássica":

Pré-História

A chamada Pré-história inicia-se com o surgimento do Homem na Terra e dura até cerca de 4000 a.C., com o surgimento da escrita noCrescente Fértil, mais precisamente na Mesopotâmia. Caracteriza-se, grosso modo, pelo nomadismo e actividades de caça e de re-colecção. Surge a agricultura e a pecuária, os quais levaram os homens pré-históricos ao sedentarismo e a criação das primeiras cidades.
Foram feitas grandes descobertas sem as quais hoje seria muito difícil viver:
  • No Período Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada: tivemos a descoberta do fogo;
  • No Período Neolítico ou Idade da Pedra Polida, ocorreu a revolução agrícola: domesticaram-se animais, e começou-se a praticar a domesticação de espécies vegetais;
  • Na Idade dos Metais: fundição dos metais e utilização deste no fabrico de instrumentos, o último período da Pré-Historia demarca o conjunto de transformações que dão início ao aparecimento das primeiras civilizações da Antiguidade, Egito e Mesopotâmia.

    Idade Antiga

    Antiguidade compreende-se de cerca de 4000 a.C. até 476 d.C., quando ocorre a queda do Império Romano do Ocidente. É estudada com estreita relação ao Próximo Oriente, onde surgiram as primeiras civilizações, sobretudo no chamado Crescente Fértil, que atraiu, pelas possibilidades agrícolas, os primeiros habitantes do EgiptoPalestinaMesopotâmiaIrão e Fenícia. Abrange, também, as chamadas civilizações clássicas: Grécia e Roma.

    Idade Média

    Idade Média é limitada entre o ano de 476 d.C. até 1453, quando ocorre a conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos e consequentemente a queda do Império Romano do Oriente. É estudada com relação às três culturas em confronto em torno da bacia do mar Mediterrâneo. Caracterizou-se pelo modo de produção feudal em algumas regiões da Europa.

    Idade Moderna

    A chamada Idade Moderna é considerada de 1453 até 1789, quando da eclosão da Revolução Francesa. Compreende o período da invenção da Imprensa, os descobrimentos marítimos e o Renascimento. Caracteriza-se pelo nascimento do modo de produção capitalista.

    Idade Contemporânea

    A chamada Idade Contemporânea compreende-se de 1789 até aos dias atuais. Envolve conceitos tão diferentes quanto o grande avanço da técnica, os conflitos armados de grandes proporções e a Nova Ordem Mundial.


    Os críticos dessa fórmula de periodização, baseada em eventos ou fatos históricos, apontam diversos inconvenientes em seus "recortes", entre os quais:
    • o advento da escrita ocorreu em diferentes períodos em diferentes culturas, tornando imprecisa uma comparação puramente cronológica, por exemplo, entre as culturas doCrescente Fértil com as diferentes culturas pré-Colombianas;
    • as mudanças ocorridas entre períodos registraram-se gradualmente, e em velocidades variáveis conforme as culturas/regiões, como por exemplo, o fim de um modo de produção como o feudalismo.
    • Mesmo nesta periodização há críticas sobre quais seriam os marcos para o fim e começo dos períodos; assim, alguns autores assinalam o fim da Antiguidade em 395, como Joaquim Silva e J. B. Damasco Penna, informando que "há historiadores que preferem considerar o fim da Antiguidade em 476..."; estes autores colocam o fim da Idade Média em 1453, ano da queda de Constantinopla, enquanto "nem por todos é aceita; alguns colocam o fim da Idade Média em 1492, data do descobrimento da América". Já para a Era Contemporânea, trazem que "também há críticas de historiadores, vários dos quais entendem que a História Contemporânea começa realmente em 1914, início da Primeira Guerra Mundial...

quarta-feira, 4 de março de 2009

Que curso vou prestar no vestibular ?

Muitos jovens no fim do ano ficam frente a frente com o desafio do vestibular. É um momento especial, recheado de emoções, angústias e reflexões. Ah, diriam alguns, é simples: se gostar de matemática faça Engenharia! Se gostar de história e geografia faça Direito! Se gostar de química e biologia faça Medicina! Será que é tão fácil assim?
O problema vivenciado pelos jovens vestibulandos, porém, não é tão simples como resolver uma equação do segundo grau, nem como descrever em detalhes as grandes navegações do século XVI, nem tão pouco como falar sobre o funcionamento de uma célula. A questão que está na cabeça dos vestibulandos não tem cinco alternativas e apenas uma delas é a correta.
Com a expansão das faculdades e o aumento significativo dos cursos superiores disponíveis (meio ambiente, oceanografia, ciências atuariais, relações internacionais, turismo etc.) os jovens ficam cada vez mais expostos aos estímulos de muitas carreiras e profissões e isso tende a ser um ingrediente a mais no processo de decisão: ter muitas opções pode causar ainda mais confusão!
A pressão familiar ou a forma como o jovem percebe o que os pais esperam dele; a sua ambição e a sua necessidade de independência; o tempo e o dinheiro disponível; o status e o reconhecimento da profissão; os sonhos e anseios que são associados ao seu futuro são apenas algumas das questões que passam pela cabeça da maior parte dos vestibulandos. Conciliar todos esses fatores ao mesmo tempo e agora nem sempre é possível.
Uma variável, porém, tem pressionado cada vez mais os jovens: a empregabilidade. Afinal, todos, sem exceção, acreditam que vão trabalhar na área que escolheram e vêem a faculdade como a "porta de entrada" no mercado (a maioria precisa de um estágio ou de um emprego ao mesmo tempo em que estudam). As empresas, por sua vez, querem experiência, mesmo para as vagas de estágio.
As faculdades, neste contexto, têm boa parte da responsabilidade sobre o futuro profissional dos estudantes. Pesquisas recentes apontam que o índice de desemprego entre os jovens é o dobro da média de outros segmentos da sociedade brasileira.
Sabemos que ter um diploma, simplesmente, não significa muita coisa. Com o aumento vertiginoso de cursos superiores uma parte dos estudantes fica seduzida em fazer cursos "bons, bonitos e baratos", mas descobrirão, em pouco tempo, que o curso escolhido por esse critério não era tão superior assim e aprenderão que a imagem nem sempre corresponde com a realidade. Há jovens que pensam que ter o diploma é fator suficiente para alcançar um lugar ao sol. Enganam-se, pois com um mercado de trabalho cada vez mais exigente, há poucas chances para quem "está na média" e contenta-se com o regular, perfil típico de quem busca simplesmente um diploma. Para quem já passou pela experiência de decidir "o que fazer" sabe a importância de se seguir uma profissão que tenha vocação.
As empresas, os governos e as ONG´s precisam das pessoas que querem fazer a diferença e têm capacidade e condições para isso. O suposto dilema entre "fazer o que gosta" ou "o que dá dinheiro", na verdade, é pouco pertinente. Se não fizer o que gostar, provavelmente, será um profissional mediano e, portanto, dificilmente alcançará sucesso no mercado de trabalho e, principalmente, sentir-se realizado com o que faz.
A minha experiência como vestibulando não foi muito simples, mas pude aprender um pouco sobre como decidir. Os "erros" fortaleceram as minhas escolhas e, talvez, esse é um recado importante: não ter medo de errar possibilita fazer escolhas com mais tranqüilidade e, assim, aumentamos as chances de acertar.
Recomendo, contudo, que a escolha leve em consideração a qualidade do ensino, a seriedade e o compromisso da faculdade com a formação superior. Informar-se sobre como o curso e a faculdade têm sido avaliados pelo MEC, Ministério da Educação, é um bom caminho. Saber a opinião de quem já estudou e como estão no mercado de trabalho é uma alternativa. Observar os que já estão formados, as suas atividades, as suas características e obrigações pode ser útil, pois podemos nos questionar: será que fazendo o que aquela pessoa faz serei feliz?
Decidir o que prestar no vestibular, portanto, não é simples. Mas também não é definitivo: Gilberto Gil, por exemplo, é formado em administração, mas nem por isso deixou de ser um dos melhores cantores brasileiros. Kandinski, o pintor genial, era economista. Os integrantes do Casseta e Planeta são formados em arquitetura e engenharia e descobriram ainda durante o período universitário que poderiam transformar o humor em profissão, pois era o que tinham prazer em fazer. A vocação profissional, assim, não fica limitada à escolha do curso, por isso encontramos com freqüência médicos que são administradores, engenheiros diretores de banco, advogados liderando ONG´s etc.
A informação é o caminho mais seguro para escolher a faculdade, o que prestar no vestibular e a carreira a seguir. Se acertar, muito bem, se errar, não há problemas, é possível aprender sempre. O vestibular da vida é construído de erros e acertos e cada um tem o direito de tentar o que acredita ser o seu rumo.
Agora é com você, pois a resposta sobre o que realmente quer e gosta de fazer está no seu íntimo; não tenha medo de conhecer-se cada vez mais e encontrar a sua verdadeira vocação!

terça-feira, 3 de março de 2009

Passando no Vestibular

Bem, todos sabem que não existe uma fórmula para passar no vestibular. Mas, também sabemos que, existem caminhos que podem ser seguidos para aumentar as chances do vestibulando. Hoje vou iniciar uma série de textos com dicas, orientações e macetes para tirar de letra o temido vestibular.
As orientações serão bem pontuais e explicativas, espero que todos acompanhem e sigam o que puderem. E, no fim do ano, que o resultado seja o mais desejado, passar no vestibular.
Já vou começar com 4 etapas importantes que o vestibulando deve seguir durante o ano de estudo:
1- Existem preparações diferentes para vestibulares diferentes: se você vai estudar para entrar em uma escola particular, a prioridade pode ser o preparo para o que vai enfrentar depois do vestibular, pois, dependendo da universidade, entrar não é difícil. Se você vai estudar para ingressar na faculdade através do ENEM, o foco são as competências e habilidades esta prova pede, o que é bem diferente de prestar um vestibular de faculdade federal. Então, o auto- conhecimento, e saber qual o melhor caminho para você é o primeiro passo.
2 – Depois de decidir qual o caminho, é preciso saber suas opções de faculdades e cursos: As vezes essa etapa confunde-se com a primeira, mas o importante é não ficar ansioso para decidir o curso logo de cara, com o decorrer dos estudos e conhecendo as opções isso vai acontecer naturalmente. Mas é importante procurar a ajuda de especialistas, caso seja possível, ou participar de palestras e eventos sobre o assunto.
3 – Agora chegou a hora de conhecer o inimigo e se preparar para enfrentá-lo: Resolver provas de vestibulares anteriores, fazer simulados, buscar material de estudo e estudar muito, são os passos desta etapa que vão levar o seu nome à lista de matriculados.
4 - É um momento muito importante na sua vida e, por isso, a pressão é grande: Então, não se esqueça de se cuidar. A alimentação adequada, o descanso e a diversão também são importantes para você chegar saudável à faculdade. Também é importante a motivação, a dedicação, a organização e disciplina, para qualquer escolhe que você fizer. Não se esqueça que o vestibular é apenas o início de um novo ciclo de sua vida, um ciclo que envolve seu preparo para o mercado de trabalho e que te levará a uma nova profissão.
Bom vestibular para todos!

segunda-feira, 2 de março de 2009

O que é Educação?

A Educação engloba os processos de ensinar e aprender, de ajuste e adaptação. É um fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade. Enquanto processo de sociabilização, a educação é exercida nos diversos espaços de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos à sociedade. Nesse sentido, educação coincide com os conceitos de socialização e endoculturação, mas não se resume a estes. A prática educativa formal - observada em instituições específicas - se dá de forma intencional e com objetivos determinados, como no caso das escolas. No caso específico da educação formal exercida na escola, pode ser definida como Educação Escolar. No caso específico da educação exercida para a utilização dos recursos técnicos e tecnológicos e dos instrumentos e ferramentas de uma determinada comunidade, dá-se o nome de Educação Tecnológica.
No Brasil, a educação é regulamentada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério.
PDE – Plano de desenvolvimento da Educação
A principal meta do PDE é uma educação básica de qualidade, para isso deve-se investir na educação profissional e na educação superior. Para isso se tornar realidade deve acontecer o envolvimento de todos: pais, alunos, professores e gestores, em busca da permanência do aluno na escola. Com o PDE o Ministério da Educação pretende mostrar tudo o que se passa dentro e fora da escola e realizar uma grande prestação de contas. As iniciativas do MEC devem chegar a sala de aula para beneficiar a criança para atingir a qualidade que se deseja para a educação brasileira. O PDE foi editado no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal e este por premissas a visão sistêmica da educação, a sustentação da qualidade do ensino e a prioridade a educação básica.